Quando li o titulo deste artigo pensei: Isto vai parecer-me tão familiar! E foi.
À medida que estava a ler certificava-me que na hora das refeições cá em casa cometemos muitos erros.
Desde o inicio não criei grandes expectativas relativamente à hora das refeições. "faço assim", não permito que" não foram frases que adotasse para este tema. Só faço questão de que a alimentação dele seja muito variada para evitar que seja tão esquisito como eu fui.
Mas a verdade é certa, o meu lema é que ele coma. Com pinos, canções, vídeos, etc, etc, por vezes a obrigar, desde que considere que o que ele comeu é razoável, quero lá saber se as técnicas e estratégias que utilizamos são corretas ou não. Até porque o S. rejeita tudo até à primeira colher! E depois de provar analisa pormenorizadamente o que lhe estamos a dar olhando para o prato. Desconfiado, dizemos-lhe nós na brincadeira.
Mas não deixo de pensar no que abaixo li. Forçar, técnica da ultima colher (Barganhar - em português do Brasil) e brincar são os erros que cometemos cá em casa. Aliás, na hora da refeição somos muitos à mesa. Eu, o Pai, o S., o Panda, os Caricas, a Xana Toc Toc e mais uns quantos.
Aos 16 meses não consigo que ele compreenda que pode comer primeiro e depois pode ir brincar, ver desenhos animados ou ouvir musica. Cada coisa a seu tempo.
O pediatra Ary Lopes Cardoso, chefe de nutrição do Instituto da Criança da USP, recebe centenas de mães por ano que relatam como é a hora da refeição na casa delas. Com toda essa experiência, ele lista os equívocos mais comuns:
Forçar
É a melhor maneira de deixar a criança traumatizada e associar más lembranças a um alimento ou ao horário da refeição. Se estiver preocupada e nervosa a ponto de fazer isso, terceirize o momento da alimentação (para o pai ou a babá) até se sentir mais calma.
“Só mais uma colherada, vai?!” Frase típica, qual mãe nunca a pronunciou? Ou, então: “Experimente outra vez”, sendo que ele já testou e reprovou a comida nessa refeição. Não são argumentos produtivos, que estimularão a criança a se alimentar mais ou que a encorajarão a devorar algo que ele já disse que não quer. Valorize a quantidade que ele conseguiu comer e insista no alimento rejeitado, mas em outro dia.
Chantagear
Comida não é moeda de troca, portanto, nada de disparar frases como: “Se você comer isso, a gente faz aquele passeio que você quer ou eu compro mais um brinquedo para você”. Ao usar essa tática, você será a pior refém dela e seu filho sempre vai querer uma recompensa por algo que deveria ser natural (alimentar-se).
Brincar
Nada de ficar tentando distrair a criança para que ela “colabore” na hora de comer. Esse momento deve ser tranquilo, sem muitos estímulos (televisão ou tablet na mesa, nem pensar), de forma que o foco das atenções seja a comida.
Substituir
Internamente, você até pode pensar: “Coitado, não almoçou nada, vou dar uma mamadeira para ele”. Mas é melhor nunca fazer! Isso impedirá que seu filho cresça, se desvincule da mamadeira e aceite novas formas de se alimentar.
Texto reproduzido na integra. Original aqui