Não posso dizer que estas 2 ultimas semanas foram calmas. Aliás, foram de grande reboliço como há muito não sentia.
Começando na semana passada com a nossa ida, uma vez mais em trabalho, para os países do Báltico. Em pleno inverno é importante que a promoção, da parte do H. do destino, da minha parte do grupo hoteleiro que represento, seja feita de forma a dar frutos já a partir da próxima primavera. Correu tudo bem não fossem as saudades quase estrangularem-me a partir do terceiro dia. Aqui a ansiedade começou a crescer.
No regresso fui confrontada com voos em atrasos da TAP. Não era a melhor altura para isto me acontecer. Era a primeira vez que passava tanto tempo longe do S. e a vontade de chegar a casa era tanta que parecia que ia rebentar!
E verdade seja dita, infelizmente, a nossa companhia aérea nacional não prima pela pontualidade. E eu que o diga, que nunca, mas mesmo nunca embarco no horário inicialmente previsto. Com exceção do voo FAO - LIS ás 06h05 da manha. Depois de tanto tempo em viagens, voos e aeroportos começa a ser aborrecido, ainda mais quando, desta vez, o motivo pela pressa de chegar a casa é tão, tão grande.
Isto para não falar que a mesma companhia, 1 semana antes da viagem cancelou o voo direto TLL-LIS e a minha melhor opção foi TLL - AMS - LIS.
Chego ao destino final com 2 horas de atraso e para terminar em grande a minha bagagem, pela primeira vez, perdeu-se. Eu não queria acreditar! Mais do que o suposto valor financeiro é o valor emocional que as nossas coisas representam para nós e o imaginarmos as nossas coisas sabe-se lá onde e sabe-se lá com quem. Foram 6 longos dias sem a minha bagagem e sem os meus pertences pessoais que ontem ao meio dia chegou ao fim. A minha bagagem ficou em Amesterdão mas chegou intacta. Um sentimento de alivio enorme assim que vi que tinha tudo e uma felicidade enorme por hoje já poder "besuntar-me" com os meus cremes, perfume e maquilhagem. Capitulo 1 fechado.
O H. voltou a ir de viagem logo na segunda-feira. Regressa amanha. As 2 primeiras noites sozinha com o S. foram tranquilas, ontem adoeceu. Em passagem pelo hospital confirmou-se otite supurada (mais uma) e conjuntivite. Passou tão mal a noite, coitadinho, não me permite fazer nada para além de estar com ele ao colo ou pelo menos perto dele. Não há tempo para arrumações, organizar o que quer que seja quando estou sozinha com ele e ele se sente incomodado com alguma coisa. Nem tempo tenho para comer (o que até me dá jeito). Mas não é fácil perceber quando o S. tem uma otite (é a segunda que tem). Não faz febre, não se queixa quando lhe limpamos os ouvidos (diariamente depois do banho), o ouvido não tem mau odor. Enfim, foi um feeling que tive associado ao facto do S. ter ficado com o olho esquerdo vermelho após o banho.
Depois de uma semana fora do escritório, sem emails (que foi outra coisa boa que constatei quando cheguei a Vilnius), regressar como eu regressei é de pôr os cabelos em pé a qualquer pessoa impaciente como eu.
Exausta mas sobretudo completamente desorganizada, é como eu me sinto esta semana que quero que termine rápido. Amanha chega o H. e vamos para casa dos meus pais passar o fim de semana. Vai-me saber muito bem. E hoje o S. ficou a ser mimado pelos avós paternos por precaução e para descansar melhor. Tudo começa a recompor-se.
Moral da história, não terei outro remédio senão aprender a ser mais paciente perante imprevistos e com uma criança em casa, planos...só se forem para ser trocados. A vida não é uma linha recta.
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