segunda-feira, 28 de julho de 2014

Curvas de crescimento infantil – A importância do percentil

Sempre pertinente  nas escolhas dos artigos que publica, o Up to Lisbon Kids desmistifica as curvas de percentis nas crianças.
Um dos grandes dramas das recém mamãs que passam a vida a perguntar em que percentil está o filho da amiga, que está permanentemente no 25, significasse que é inferior ao do filho dela, que está no 90.
Nada tem de ser igual, porque cada criança é única. UNICA.

As curvas de crescimento são desenhadas através de uma avaliação exaustiva de grandes grupos de crianças que obedecem a critérios precisos de saúde, e regularmente actualizadas.
A partir desses dados, são feitas curvas, onde se situam medidas de acordo com sua frequência na população estudada.
O crescimento é um importante indicador do bem-estar de uma criança, pelo que é importante que a sua avaliação seja regular.
A interpretação da curva pode parecer complexa, pelo que se dá um exemplo: o bébé Manuel, de 3 meses está no percentil 50 de peso e de altura; o que significa esta afirmação? Significa que o bébé Manuel tem um valor de peso e comprimento igual ou superior a 50% dos bébés da sua idade e sexo, o que o coloca na média para esses parâmetros. Logo se for no percentil 10 estará abaixo da média e se for no 90 estará acima da média para a sua idade e sexo.
O crescimento da criança depende de factores genéticos, do ambiente, nomeadamente alimentares, de ordem psicológica e da presença de doenças.
Nos primeiros meses de vida, os valores do peso e do comprimento podem refletir, mais do que a tendência genética, a qualidade do meio uterino em que cresceu; assim uma criança gerada por uma mãe com HTA pode ser pequena e leve nos primeiros meses de vida e passar, depois a ser grande e/ou forte se a sua tendência genética o permite; o
contrário também pode acontecer.
Se exceptuarmos os limites extremos das curvas (abaixo do percentil 10 e acima do percentil 95) em que cuidados especiais devem ser tidos em conta, o importante, para cada criança, é que ela se desenvolva harmoniosamente na sua curva de percentil. O alerta de que algo não está bem será dado pela saída, mais ou menos brusca, dessa mesma curva.
Um atraso estaturo-ponderal pode ser a primeira manifestação de uma doença crónica ou de algo não está bem. Também o controlo da obesidade é um dos propósitos dessa vigilância.


 
Por Cláudia Constantino (Pediatra), Healthy Mommy
para Up to Lisbon Kids

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